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A literatura e o cinema nascem a partir da palavra, que antes é fala, ainda que silenciosa em nossas mentes. Quando damos voz a ela damos um passo em direção à cura, a nossa, a de quem lê, de quem assiste, de quem escuta. “Quem é essa mulher?” é um filme de ficção, baseado na obra de autoficção que leva o mesmo título, da cineasta e escritora Milena Carvalho. O argumento foi premiado na na Lei Aldir Blanc, por meio do edital de Projetos Audiovisuais, realizado pela SECMA – Governo do Estado do Maranhão

Quem é essa mulher?

 
 
 
 

Sinopse

 

Nas férias de verão de 1991, Liane (17) se apaixona pela primeira vez, e planeja fugir com Pedro (18) no final do mesmo ano. Mas os planos e a vida de Liane são interrompidos por uma violência sexual, que acontece antes da data que Pedro prometeu voltar para buscá-la. A partir deste episódio, Liane é tomada pelo sentimento de não pertencimento e um olhar fantasioso sobre o mundo. Fugindo da realidade, Liane vivencia circunstâncias dessa escolha inconsciente, na busca por si mesma. 

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"Levar para o cinema intensidade e leveza, conflitos e violência anestesiados com a visão poética de uma cineasta-escritora, gera a construção de uma identificação entre o drama da protagonista e as mulheres (não somente) que existem para além do universo fílmico, e caminha em direção ao objetivo de todo cineasta: causar uma mudança de perspectiva no olhar do espectador."

Milena Carvalho

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O argumento aborda um tema de interesse universal. O drama psicológico contado através de uma mulher em busca de si mesma, parte de uma violência sexual sofrida na adolescência. Um dos efeitos desta causa foi o olhar fantasioso com que ela passou a enxergar a vida. E esse olhar vai determinar a estética do filme. A protagonista estabelece uma relação particular com a cultura dos lugares em que a história se passa. O Maranhão, o Rio de Janeiro e a cidade autônoma de Buenos Aires estão intimamente ligados aos conflitos da personagem.

Assim como, dentro das ciências não se consegue produzir algo totalmente fora da subjetividade de quem escreve, a arte, como sua representação máxima, tem no seu autor alguém com o olhar privilegiado sobre a sua própria obra. Diante disto, um roteiro baseado em um livro de autoficção, tem na sua autora a maior privilegiada para realizar esta obra cinematográfica.

 
“Uma história que flui como uma conversa, da que se tem interesse do início ao fim, e que tem poesia, mensagens de vida, de amor. Que provoca um misto de emoções e reflexões. Reflexões sobre machismo, filhos, família, pessoas, sociedade, modos de viver”.

Vanessa Diniz

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